A 8ª Câmara Criminal negou recurso da defesa de Luan
Barcelos da Silva, que contestava a condenação de 49 anos e 7 meses de reclusão,
pela morte de dois taxistas na cidade de Santana do Livramento, em março de
2013.
Decisão
Ao analisar o caso, a relatora do recurso,
Desembargadora Naele Ochoa Piazetta, considerou que, embora a defesa suplique
pelo afastamento da decisão condenatória, os substratos colhidos nos autos
comprovam as condutas criminosas do acusado. Os elementos materiais
angariados, assim como a prova oral produzida com a observância do devido
processo legal e seus consectários, refutam integralmente a versão aventada em
razões recursais, modo a confirmar - na integralidade - a sentença condenatória
de lavra do magistrado a quo, afirmou a relatora.
A magistrada também destacou que a condenação não se
fundou estritamente nos dados apresentados durante a investigação preliminar,
mas em elementos de convicção coerentes e consistentes extraídos das
declarações das testemunhas - tanto as arroladas pela acusação quanto pela
defesa - que têm como corolário o contraditório e a ampla defesa, além de laudos
periciais.
Os Desembargadores Fabianne Breton Baisch e Dálvio
Leite Dias Teixeira acompanharam o voto da relatora.
Caso
Em 16 de julho de 2014, o Juiz Gildo Adagir
Meneghello Júnior condenou Luan por latrocínio (roubo seguido de morte) cometido
contra Hélio Beltrão do Espírito Santo Pinto e Márcio Fabiano Magalhães de
Oliveira, assassinados em 28/03/13, em Santana do Livramento.
De acordo com a denúncia, Hélio foi o primeiro a ser
morto. O jovem, então com 21 anos, atirou na cabeça do taxista, nas proximidades
do Lago Batuva. Ele ainda levou dinheiro e dois aparelhos de celular da vítima.
Luan ligou para um ponto de táxi e solicitou que Hélio o levasse ao Residencial
Veneza. No caminho, fez o taxista parar e, sem qualquer aviso, atirou na cabeça
dele, do banco de trás. Ele levou o carro e deixou o corpo na via pública.
Depois disso, Luan usou a mesma tática com Márcio.
Foi até o ponto de táxi, localizado na divisa entre Brasil-Uruguai, próximo ao
camelódromo, e solicitou uma corrida, ingressando no banco de trás. Ao chegar na
Rua Daniel Pereira, Luan fez com que a vítima parasse o carro e efetuou dois
disparos contra a cabeça do homem. Fugiu levando dinheiro e pertences do taxista
(aparelho celular, rádio com DVD, pen drive, GPS, mochila, DVDs). O veículo foi
abandonado próximo ao prédio da Receita Federal do Brasil.
Condenações
Ao todo, as condenações de Luan Barcelos da Silva
somam 124 anos de prisão, pela morte de seis taxistas.
Em Porto Alegre, são duas: a primeira, em 17/02/14,
na 1ª Vara Criminal do Foro Regional do Alto Petrópolis, a pena estipulada foi
de 55 anos de reclusão, por matar Edson Roberto Loureiro, Cláudio Gomes e
Eduardo Ferreira Haas. A segunda, proferida ontem (12/5), na 5ª Vara Criminal, o
condenou a 20 anos de prisão pela morte de Ênio Rolim Lencina, em Rivera,
território uruguaio.
Apelação 70061932455
EXPEDIENTETexto: Janine Souza
Assessora-Coordenadora de Imprensa: Adriana Arend
imprensa@tj.rs.gov.br
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Publicação em 13/05/2015 17:22
VEJA TAMBÉM:
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/05/condenacoes-de-jovem-acusado-de-matar-seis-taxistas-somam-124-anos-de-prisao-4759703.html
http://www.mprs.mp.br/noticias/id38444.htm
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=visualiza_noticia&id_caderno=20&id_noticia=129127
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